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Medidas...
O olho posta-se no horizonte
Grãos de areia, unem-se, tornam-se rochas
Compõem os montes...
Rios correm a caminho do mar
Fundem suas águas, onde irão desaguar
O oceano, e sua colossal força
Bem dizem: “Uma andorinha só, não faz verão”
Frágil o ser, que anseia viver na solidão
Quem sou, para condenar?
A roseira se arma de espinhos, mas suas rosas
Além da inigualável beleza, exala eflúvios no ar...
Cactos vencem a seca, a muitas vidas sustém
Até que venha, a chuva...
O sol que dá a vida, é o mesmo a trazer sede
Com ela, a morte...
O vento que refresca, move montanhas
Carrega nuvens, destroça casas, árvores, arranca
A água que mata sede, e a tudo banha
É também a mesma, que alaga e vidas, apaga
Lava até ao olho, onde arde a lágrima...
Nada é indefectível, e depende de medidas...
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de setembro de 2021 21:59
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários3
Lindo, Emarileine!
Abraços,
Tudo tem seu dois lados, não é, poeta?
Faces pra se explorar. E nada além de suas medidas. Até a opção pela solidão faz sentido, se assim se quer. Tbm não condeno. Beijos, amiga querida. Te desejo o melhor sempre.
Nossa!!
Que demais quando versas a antítese dos elementais!
Adorei ler, poetisa querida.
Abraços.
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