Meu coração desidratado
Vagueia sem viço
Percorro estradas
Evito coisas e gente
Conduzo um corpo cansado
Uma boca cerrada, salgada.
Em mim, onde habita o belo?!!!
Eu só faço olhar, as coisas que se movem
Com este meu olhar frágil
Sou presa abatida
Me abrigo em tocas
Na verdade sou caverna
Um caramujo depressivo.
Quem sabe um dia
Me adapte a densa floresta
E por entre as árvores gigantes
Vislumbre tímidos raios de sol.
Poderia neste ambiente
Úmido e limoso
Brotar um cogumelo!
E curar -me as mazelas
Não sei...
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 31 de agosto de 2021 12:40
- Comentário do autor sobre o poema: Um breve ensaio sobre a tristeza. Apenas um poema feito em um dia frio. A inspiração me indicou este caminho, e eu o trilhei, como bom pupilo que sou.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 53
- Usuários favoritos deste poema: LEIDE FREITAS
Comentários10
Shimul, meu amigo colibri, que interessante, mas triste poema!
Destaque para "Meu coração desidratado
Vagueia sem viço
Percorro estradas
Evito coisas e gente"
Muito bom!
Meu abraço.
Edla, não tenho controle sob a inspiração! Algumas vezes sai coisas assim, mesmo não estando triste.
Abraços!
Que lindo poema amigo! Se em você habita o belo, se o terreno é úmido então está fértil! Aproveite! Muitas poesias irão botar...
Cara poeta, Barbara Guimarães, sempre recebo com alegria seus sutis comentários.
Abraços!
Poema de sentimento triste, mas contraditoriamente me alegra ler o seu arranjo em tão profunda inspiração. Parabéns nobre poeta. Abs.
Gratidão Pelo comentário amigo, Jose Altofe Queirolo! Sempre atentos as nossas publicações.
Abraços!
Boa tarde poeta.
Bravo!. Lindo todo o conjunto, todo o contexto.
1 ab
Que honra tê-lo aqui mestre Nelson Medeiros.
Boa tarde!
Mas um charmoso poema do mestre!
inspirado no frio de Sampa .
Parabéns amigo , abraços.
Sim, aqui está frio mesmo! Meu grande amigo Corassis.
Abraços,
Prezado Shmuel, nessa sua metamorfose de tristonho caramujo para cogumelo, haveria a chance de ser um cogumelo mágico. E, por si mesmo, ser uma fonte de antidepressivos.
Gostei de tal metamorfose.
Um abraço.
Meu querido poeta e mestre, Maximiliano Skol obrigado pelo gentil comentário.
Um abraço grande.
"Quem sabe um dia
Me adapte a densa floresta
E por entre as árvores gigantes
Vislumbre tímidos raios de sol."
Que bom ,que existe uma esperança, neste tão triste poema!
Que os raios de sol ,tragam, muitas luzes, e esquente, estes dias frio, que paira no momento!
Lindo POEMA!
Parabéns, amigo!
Oh, obrigado querida poeta Geralda Figueiredo, como dizia Belchior: "Mas não se preocupe meu amigo
Com os horrores que eu lhe digo
Isso é somente uma canção
A vida realmente é diferente
Quer dizer
Ao vivo é muito pior"
Abraços querida!
Eu gostei.
Que bom, querida!
Abraços.
Um quê de melancolia, mas gostei muito
Sim l, esse tem um viés melancólico mesmo.
Obrigado mesmo!
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