Meu coração desidratado
Vagueia sem viço
Percorro estradas
Evito coisas e gente
Conduzo um corpo cansado
Uma boca cerrada, salgada.
Em mim, onde habita o belo?!!!
Eu só faço olhar, as coisas que se movem
Com este meu olhar frágil
Sou presa abatida
Me abrigo em tocas
Na verdade sou caverna
Um caramujo depressivo.
Quem sabe um dia
Me adapte a densa floresta
E por entre as árvores gigantes
Vislumbre tímidos raios de sol.
Poderia neste ambiente
Úmido e limoso
Brotar um cogumelo!
E curar -me as mazelas
Não sei...