Nelson de Medeiros

FLORES OU ESPINHOS...



FLORES OU ESPINHOS...

 

Partiste sem sequer dizer-me adeus...

A gelada manhã foi testemunha

D!Uma agrura amarga que eu não supunha

Espreitasse qualquer dos fados meus!

 

Segui-te sempre... Tua arte me impunha!

Não sabes de mim... Porém não importa,

O destino em nossos atos se aporta,

E escolhas trarão flores ou espinhos!

 

Porém, tens para sempre o meu carinho!

São prenhes dele as liras que te mando...

Vêm do cofre d!Alma... D!um escaninho!

 

Declame-as recordando de nós...

Faz de conta que inda sou eu cantando

A te versar esta saudade atroz!

 

Nelson de Medeiros

Cachoeiro de Itapemirim (ES) 24/08/2021

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de Agosto de 2021 09:09
  • Comentário do autor sobre o poema: Soneto inspirado num caso verídico de divórcio litigioso que advoguei para a parte feminina em 2002. As partes já faleceram. Gostaria que o final tivesse sido pelo menos, a do poema. Não foi... C!est La vie.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 46
  • Usuário favorito deste poema: Geralda Maria Pinheiro Figueiredo Pithon.

Comentários6

  • Geralda Maria Pinheiro Figueiredo Pithon

    Muito lindo....sinto muito, por terem ido embora, sem poder degustar, dessea tão linda e profunda declamação, que deixou uma grande recordação!
    Somos gratos, por desfrutar desse lindo versejar, amigo ,Nelson!
    Parabéns, grande abraço!

  • Ema Machado

    Belo soneto, amigo! Os casos dramáticos são os mais inspiradores... Aplausos!

  • Edla Marinho

    Bom-dia.
    Mais uma linda criação, prova de que de tudo se pode tirar poesia.
    Meu abraço.

  • MariaLandim

    "Um gentlemam
    será sempre
    um gentlemam"
    Poeta... sr poeta
    Fábulas perfeitas: piano e poesia
    Ballade Pour Adeline... uma das minhas
    prediletissimas, desde os tpos dos Vinis


    • Nelson de Medeiros

      Boa noite poeta.
      Gratissimo pela atenção .
      Ah! Ballade Pour Adeline, sim... Tocante! Elevo-me com estas notas que tresoassam a realidade e nos nergulha priscas eras que conhecemos de sonhos ( ou vagamente lembramos?).
      1 ab

    • Helena Rodrigues

      Brilhante inspiração... Lamentável os protagonistas não puderem ler que o final da união deles, foi tão habilmente trabalhada por si Poeta,
      Aplaudo de pé
      Abraço

    • Carlos Hades

      Bravo! aprecio muito o romantismo no vosso estilo, embora não seja eu o mais afeito, certamente o admiro!



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