O que mais me apavora,
a escuridão da noite
ou o farol ofuscante
da luz do dia aqui fora?
Os monstros da minha infância
há muito foram embora.
Só permanece a lembrança
na confusão da memória.
Fantasmas não dançam mais
na janela dos meus olhos.
Realidade ou fantasia,
o que temerei agora?
Ando pela vida afora,
minha fé é meu rochedo.
Mas um dia encontro a morte,
cai por terra meu meu segredo:
Quando chegar minha hora,
terei medo de ter medo.
Foto: Serra da Piedade (Zaira Belintani)
- Autor: Zaira Belintani ( Offline)
- Publicado: 12 de agosto de 2021 22:33
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
Comentários3
Me fez lembrar mijha infância. Eu tinha muito medo da noite. Me tocou muito. Parabéns
Gratidão, poeta.
Abraço!
Adorei seu poema.
Realmente mudam-se os medos, e hoje em dia com esta pandemia, como mudaram os meus.
Parabéns!
um grande abraço
Claudia, concordo com você. A pandemia nos trouxe uma nova condição de vida,
e o medo por ver tantas idas indo embora, é real. Continuemos a nos cuidar e ter paciência que um dia isso vai acabar.
Abraços!
Zaira, temos medo de todos os começos. A morte é um começo, do qual nada conhecemos. Esttou pertinho, com medo de ter medo. Beijo
Cecília, todos estamos pertinho. Acho que temos que ter coragem para mudar do plano material para o espiritual.
Abraços!
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