As articulações fazem estalidos...
Onde eu deixei o óleo?
O lobo-frio uiva noite afora...
Onde eu deixei os fósforos?
Eu vou envelhecer contigo,
mas antes dessa nobre hora,
eu vou enferrujar contigo.
Esquenta uma água agora.
Um chá bem que cairia bem
para iludir o lobo-vento
que uiva faminto lá fora.
O trem da vida não para, nem retarda.
A manutenção ocorre ainda na corrida.
O maquinista esqueceu de trazer consigo
o óleo, e a maquinaria segue aos estalidos.
Eu só quero andar contigo nesses trilhos,
lenha na caldeira e movimento contínuo.
Antes de envelhecer contigo noite adentro,
eu vou enferrujar contigo vida afora.
Deise Zandoná Flores
- Autor: Deise Zandoná Flores (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 31 de julho de 2021 11:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
- Usuários favoritos deste poema: CORASSIS
Comentários3
"Eu vou envelhecer contigo,
mas antes dessa nobre hora,
eu vou enferrujar contigo."
Que lindo !!!
acho que esta ferrugem nos trilhos da vida, cheia de desafios é importante para o amor .
Parabéns poetisa boa tarde , abraços.
Muito grata pelo apreço! Fico feliz que tenhas gostado. Saudações poéticas e um forte abraço!
Muito bom! O trem da vida não para nem retarda...parabéns!
Muito obrigada!
Quantas estações passaram e quantas mais passará o trem?
Belo demais!
Versos que nos põe a viajar.
Siga feliz poetisa!
Muito obrigada! Saudações poéticas!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.