Sem pulso

Hébron

 

O pulso agora não mais pulsa

Pudesse ter me encontrado

Na vida ainda em sua busca

Encontrar-me-á talvez na próxima

 

Tivesse me encontrado inda vivo

Ora despojado, ora desalmado

Descarregar-se-ia da mágoa tóxica

Mas não me deixe na história escrito

 

Com a marca de tudo que se evita

Como um marginal, um proscrito

Não me deixe na história escondido

Enclausurado na intimidade inaudita

 

No impulso da rígida emoção cardinal

No bater rítmico de um coração glacial

E num silêncio cruel, cinza, um sepulcro

Ante ao desalento do meu próprio luto

 

  • Autor: Hébron (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de julho de 2021 19:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 24
Comentários +

Comentários5

  • Ema Machado

    Belos versos! Sempre! Abraços,

    • Hébron

      Obrigado, Ema!

    • CORASSIS

      Tens as veias poéticas com muita inspiração ,revertido em poemas de grande beleza, abraço.

      • Hébron

        Muito obrigado, generoso amigo!
        Abraço

      • Shmuel

        Versos de uma categoria poética impressionante. Que bonito, poeta Hebron.

        Bravo!

        • Hébron

          Grande Shimul, muito obrigado pelo carinhoso comentário.
          Abraço

        • Elfrans Silva

          Nada aqui é para sempre, porém, enquanto há vida à esperança. Por fim, é preciso, como almas, crermos que muito há de se continuar depois desta. Essa história, não acaba aqui.
          Um forte abraço, irmão das Letras.

          • Hébron

            A história não acaba aqui...
            Verdade, meu amigo!
            Grande abraço

          • Ernane Bernardo

            Belíssimo, aplausos de pé, belo versejar. Abraço poético meu amigo poeta Hébron Reis.

            • Hébron

              Ernane, muito obrigado pela presença e generosidade.
              Abraço



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