Nelson de Medeiros

TROVAS (1)

AMOR

Que enorme felicidade,

Eu vi nos rosto fininho,

Da mendiga da cidade,

Dando um pão pra seu filhinho!

 

JULGAMENTO

Que me importa o julgamento,

Que me fazem de antemão!

Eles julgam meu momento,

Mas, Deus me julga a intenção!

 

PAIXÃO

Paixão- castelo de areia,

Que sem metro a alma faz!

Ante a maré que se alteia,

Num segundo se desfaz!

 

REFLEXÃO

Esta saudade incontida,

Que parece realidade,

É saudade de outra vida,

Que vivi sem ter saudade!

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Maio de 2020 10:12
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 26

Comentários4

  • Ricardo Pires

    Maravilha!
    Obrigado Nelson.

  • CORASSIS

    Parabéns !
    Lindas trovas.

  • Gislaine Oliveira

    Eu gosto muito deste tipo de poesia, acho que é para poucos. Afinal, sintetizar temas que são tão ricos é algo que exige um tipo de "dom". Obrigada por compartilhar. Eu amei!

    • Nelson de Medeiros

      Valeu, menina. A trova é um dos primeiros movimentos poeticos que se tem noticia.
      Seu comentário é sempre um apoio.

      obr. mesmo

      1 ab

    • mundi87

      A última parte do seu poema lembrou-me um do Fernando Pessoa

      "O poeta é um fingidor/ finge tão completamente/ que chega a sentir que é dor/ a dor que deveras sente".

      É um dos meus favoritos. Saudade, melancolia, nostalgia ... Em Coimbra há um lugar que se chama Penedo da Saudade e lá estão poemas nas pedras como para eternizar os momentos que se viveram ali. Se alguma vez vier a Portugal, não deixe de visitar, é bonito.:)

      • Nelson de Medeiros

        Pois é, menina. Gosto muito de Fernando Pessoa, tb.
        valeu.
        1 ab



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