Aviso de ausência de Ema Machado
NO
NO
Divido, tempo, morada e silêncio
Moro em um corpo cansado e inquieto
Repleto de silêncios gritantes
Não há tempo, queima em dúvidas incessantes
Não tenho tempo, somo idades
Cansa, viver tão inconstante
Não há como, fugir de mim...
Divido-me entre infância e realidade decadente
Ouço a agonia, de não poder ser o que queria
Ouço o olhar que vê, o que não devia
Cobra-me astúcia e sanidade...
Entre tantas cobranças e padrões atávicos
Ouço, a pretensa felicidade que chama
Sem eu poder ir, sem ferir a moral
Tecer sem poder sair da trama...
Ontem, não fui criança, adulto precoce
Hoje, não me vejo anciã
Transito pelo tempo, que chegue de causa normal
A hora de partir... Que seja! Sem sentir...
Ema Machado
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de maio de 2021 15:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
Comentários3
Profundo...mas com verdades em cada verso.
Abraços
Belo, belíssimo!
É a trama da vida...
Abraço, Ema
Obrigada, querido amigo! Grande abraço,
Admiro pelos poemas seus sua alma poética!
Siga feliz poetisa Ema, querida amiga!
Gratidão, amigo querido! Grande abraço,
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.