E quando aqui sonhando se lembrares,
Do tempo que se fora com carinho.
A fragrância hás de vires pelos ares,
Da rosa que se abriste em teu caminho.
E quando, a soluçares, tão sozinho,
Sentires a alma, triste, padeceres,
Serás pra ti, meu peito, como um ninho
Que em silêncio vais adormeceres.
Ao clarão de antigas reminiscências,
O negror sombrio dessas dolências,
Deixaste nessas ruas, tão queridas...
Na solitude fria dessas portas,
Eternamente como freiras mortas,
No peito para sempre adormecidas.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 20 de maio de 2021 18:23
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários3
Belo soneto! Aplausos!
Grato pelo comentário, Ema. Boa tarde!
Que poético!!!
Obrigado pelo comentário. Boa tarde!
Lindo, há momentos que lembro de Camões. Thiago R, sua inspiração é maravilhosa.
Obrigado pelo comentário, Shmuel. Boa tarde!
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