Nelson de Medeiros

ÚLTIMA PEÇA



ÚLTIMA PEÇA.


Silencio... Sem aplausos na última cena
De nossa peça apresentada nesta vida!
Que jamais tu te lamentes, alma querida:
Não chores, não culpes nada, nem sintas pena!

O bardo cessa novamente a cantilena,
Buril que lapidava a dura e árdua lida
Em lira de amor somente exibida
No anfiteatro amargo desse palco arena!

Cantos de dor, paixões, estrofes dum passado;
Historias sem glórias num corpo amargurado,
Mas que a alma envaidecida teima em recitar!

 Poeta insano que ri, mas de dor padece...
Que manda ao Céu , serena e reverente prece,
E, ao mesmo tempo, chora e grita a blasfemar!

Nelson De Medeiros
 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Maio de 2021 09:14
  • Comentário do autor sobre o poema: Depois de escutar o desabafo de um amigo que divorciara;
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 32

Comentários6

  • CORASSIS

    Aplausos! amigo
    Belo soneto poeta , abraços

  • Constana

    Lindo! Parabéns!

  • Liz

    Belíssimo! Parabéns

  • ...

    Parabéns, belíssimo poema.

    • Nelson de Medeiros

      Boa noite, poeta.
      Obrigado pela leiturae comentário.

      1ab

    • Edla Marinho

      Quando acaba, mesmo que não tenha sido, de todo, excelente, deixa um desconforto pelo que poderia ter sido...
      Belos versos!

    • Ernane Bernardo

      Belo poeta Nélson Medeiros, aplausos um forte abraço.



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