A gente vê as atrocidades, a maldade e violência do mundo e fica pasmo. Mas é só isso. Nossa revolta dura até alguém puxar o próximo assunto, até o telefone tocar e nossa mente focar em outra coisa mais importante. Depois disso vamos pra casa, fazemos o jantar, deitamos na cama e assistimos comédia.
Por que no fundo, bem no fundo, a gente não se importa de verdade. Não foi com a gente, foi lá em Santa Catarina, foi lá em São Paulo, foi em Realengo. Alguns até choram, por um dia, dois, os mais sensíveis. Mas também não passa disso.
Você pode me questionar: mas o que eu poderia fazer a respeito, além de lamentar? Pois é. Milhões de pessoas não podem fazer nada, realmente.
Ah, mas a responsabilidade é do governo!
Sim, outra vez você está coberto de razão: se o governo não faz, o que nós, meros 212 milhões de cidadãos, poderíamos fazer além de lamentar?
Não são as mãos. São as nossas mentes que estão atadas.
- Autor: Lidia Lorena ( Offline)
- Publicado: 5 de maio de 2021 17:24
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
- Usuários favoritos deste poema: Ana Fonseca
Comentários6
Lindo poema em tom de desabafo.
Parabéns poeta,
Obrigada!
Verdade! Bela reflexão!
Muito obrigada!
Ótima reflexão!! Vamos cada um fazer nossa parte e veremos a mudança...
Muito obrigada e é isso aí, rs!
Interessante reflexão. Parabens
Obrigada!
Nobre poetisa, realmente injustiças prevalecem !
peço a Deus que mude este cenário
Parabéns , abraço.
Obrigada, poeta!
Quando um dia nossa revolta se transformar em ação, mesmo que em um instante breve, tudo o universo se renderá a essa força que ainda desconhecemos, mas que está pedindo para ser libertada de dentro de nós. Parabéns pela reflexão.
É exatamente o que eu quis transmitir. Muito Obrigada!
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