Maximiliano Skol

ADEUSES SEM O ADEUS

Os bons tempos se foram co’ os de agora...

Tão frágeis que nós somos, de repente,

De um momento pra outro, sem demora,

Não ‘stamos  mais no instante do presente

 

E ao passado já somos, foi-se a hora...

Desprevenidos, nunca  em nossa mente

Tanto assombro atingiu-lhe, e vigora 

Nesta vil pandemia persistente.

 

É quando na distância, intrometida,

Separa-me dos braços o afeto, 

Nem candura de mãos me é permitida.

 

Assim sou submetido a um prospecto 

(Pela ausência dos entes que são meus)

De morrer sem as bênçãos de um adeus.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Abril de 2021 13:32
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 44

Comentários5

  • Maria dorta

    Belo e sensível poema,coloca,_ nos diante da triste realidade dos nossos tempos. Aplausos!

  • Maximiliano Skol

    Querida Maria Dorta, eu, pertencendo ao grupo de risco, não tenho outra escolha senão duvidar de um tranquilo dia a dia.
    Um beijo.

  • A Queda

    Muito belo

    • Maximiliano Skol

      A Queda,
      Fico feliz com sua visita.
      Um abraço.

    • Claudia Casagrande

      Belíssimo.
      Tempo muito difícil e longo, que nos arrancou a liberdade e colocou no lugar dela a tristeza.
      Mas a esperança, mesmo que por aqui, é a última que morre.
      um grande abraço

      • Maximiliano Skol

        Querida Cláudia, sempre me alegro com sua presença.
        Um beijo.

      • Cecilia

        Maximiliano, muito lindo, feliz, bem feito e perfeito! Beijo carinhoso.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.