Maximiliano Skol

ADEUSES SEM O ADEUS

Os bons tempos se foram co’ os de agora...

Tão frágeis que nós somos, de repente,

De um momento pra outro, sem demora,

Não ‘stamos  mais no instante do presente

 

E ao passado já somos, foi-se a hora...

Desprevenidos, nunca  em nossa mente

Tanto assombro atingiu-lhe, e vigora 

Nesta vil pandemia persistente.

 

É quando na distância, intrometida,

Separa-me dos braços o afeto, 

Nem candura de mãos me é permitida.

 

Assim sou submetido a um prospecto 

(Pela ausência dos entes que são meus)

De morrer sem as bênçãos de um adeus.