Os bons tempos se foram co’ os de agora...
Tão frágeis que nós somos, de repente,
De um momento pra outro, sem demora,
Não ‘stamos mais no instante do presente
E ao passado já somos, foi-se a hora...
Desprevenidos, nunca em nossa mente
Tanto assombro atingiu-lhe, e vigora
Nesta vil pandemia persistente.
É quando na distância, intrometida,
Separa-me dos braços o afeto,
Nem candura de mãos me é permitida.
Assim sou submetido a um prospecto
(Pela ausência dos entes que são meus)
De morrer sem as bênçãos de um adeus.