Ouca bem o que vou lhe dizer
Quando roubaste minha cabeça
Roubaste os olhos meus
Levaste os sonhos meus
Todos os poemas que guardava
Na memória,
Subtraiste de mim Minha cabeça, seu louco
Como verei o sol
Sem meus olhos
Como ouvirei músicas
Sem meus ouvidos
Meu Deus! Que crueldade
Como será minha vida
sem minha caixa craniana
Devolva-me, preciso, verdade
Não faça isto
Não brinque assim
Como beberei café,
Sem minha boca. Como sentirei a doçura do mel, o gostoso e polêmico amargo do jiló
Veja o transtorno que me causou,
Como beijarei outras bocas, agora
Preciso da minha cabeça
Para ajeitar o cabelo de lado
Usar meus óculos
Fazer essas coisas que As cabeças demandam
Quero ver televisão
E não posso,
Como vou me acomodar na sala
E falar com a visita
Assim sem cabeça
Rechetegue, devolva minha. cabeça, já
Preciso dela
Tem uns pensamentos que não quero abrir mão deles
Umas imagens lindas
Recordações preciosas
Tantas coisas importantes
Há dentro desta cabeça
Tem uma passagem de oitenta E um....eu ainda adolescente
Tantos amigos eternizados nela
Ah! Saudades da minha cabeça
Difícil viver sem ela
Ainda bem que não uso boné
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de março de 2021 03:06
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é quase uma suplica ao inconsequente que roubou minha cabeça e ficou de posse dela por vários dias.
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 52
- Usuários favoritos deste poema: Poesia, Eu Sou iamai
Comentários12
Dessa cabeça pensante saem belos poemas, recupere o quanto antes poeta, forte abraço, muito bom.
Obrigado, Wanderson Lima, muito legal que você tenha gostado.
Abracos, ao poeta.
Shimul, interessante o tema inusitado!
Sem a cabeça vc faz essa divertida e prazerosa súplica poética! Percebe-se que a criação é do espírito e que é ilusório esse artefato que usamos de caixola de lembranças... Imaginei a súplica de uma nossa lenda folclórica que passou pelo mesmo infortúnio... Seria tão quanto inusitada!
Abraço, meu amigo poeta
Obrigado, Hébron! Sempre exaltando os poetas com sua benevolência .
Grande abraço, poeta colibri.
Realmente ,ficar sem cabeça um dilema é. Não se olha o mundo,não se cheira a flor,não se mastiga a comida nem sabe o sabor que tem. E como beijar os amores?! Um nó atado que foi e faz desesperar! Ainda bem que a sádica criatura a desenvolveu dias depois. Nossa cabeça é nosso Mundo! Chapéu!
Ficar sem cabeça não não dá, poeta Vitória! Por essas e outras irei reforçar a segurança. Investir em uma cabeça sobressalente, sai muito caro. Abraços, grande poeta e amiga colibri.
Poetas como ti , eu queria não toda a massa cefálica, apenas 10% , até porque não seria justo com o nobre..
10% para ter toda a beleza poética, e beleza do coração de um grande ser humano!
Parabéns , bravo , chapéu.
abraço ao amigo .
Grande e elegante poeta, Corassis!
Abraços.
Interessante Shimul, sem a cabeça o poeta desliga-se do mundo, sem seu celebro, como pensar, como enxergar, como sentir, ficariam ausentes dos sentimentos e não haveria mais poesias. Realmente inusitado seu poema amigo, aplausos. Bom dia ótimo sábado.
Sim...concordo meu querido. Foi só um passeio lisérgico.kkk
Abraços!
Nosso amigo Corassis, disse por mim. Quero meus dez por cento também.... rs...
Adorei seu poema. Muito interessante.
Parabéns!
grande abraço
Obrigado, querida poeta. Você enobrece meu poema com seu gentis comentários.
Abraços!
Poeta Smuel, que poema que fica na cabeça da gente.
Tenho lido seus poemas aos poucos para não acabar logo, mas esse me fez voltar a lê-lo várias vezes.
Favoritei, nobre poeta!
Manda mais 🙂
Mando sim! Ah, que legal que favoritou. Fico honrado, cara poeta.
Abracos.
Muito criativo, gostei. Me diverti muito, mas tem esse fundo reflexivo bem legal.
Meu abraço, Shimul!
Obrigado, por comentar, cara amiga e poeta Edla Marinho.
Abraços!
"Devolva-me, preciso, verdade
Não faça isto
Não brinque assim"
Achei muito interessante, essa parte, imaginei alguém roubando minha cabeça, como poderia pensar no meu amor, se fui roubada até os pensamentos, lindooooo!
Parabéns, amigo!
Kkk.... verdade, Geralda Figueiredo! Literalmente a gente perde a cabeça.
Abraços?
Interessante e inusitado poema, mas faz todo sentido.
Até breve, caro poeta Shmuel!
Kkk... acredito que vou adotar.... Shimuel, o poeta do inusitado. Adorei, Leide Freitas!
Beijos... fraternos!
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