Maria dorta

Coração roubado

A casa vazia permanece

até de mim me ausentei

É ,  parece morte precoce.

Mas,não consigo desvestir o véu 

Cobre- me toda e não me aquece.

Mergulhei na insensatez

em palavras  vans acreditei.

Quantas mentiras proferidas!

Estava com a vida vazia

quase em banho- Maria,

desprevenida vivia

em minha só  companhia.

Invadiste- me a vida.

Aberta estava a porta

foi fácil entrar e se apoderar

de meu coração,sem se esforçar. 

Ele no escrinio jazia

pouco ligando se vivia

ou morto estava,ou se batia.

Tomates de minha alma entao,

inteira posse e perdi a razão!

Eu,para ti,era um livro aberto

por certo eras analfabeto

nenhuma página foi lida

enquanto te dei guarida.

Saudades foi o que restou

de tua ausência anunciada.

Partistes. Nem rastro ficou.

Tudo de ti apaguei.

Mas,meu coração foi roubado.

Doeu mais meu orgulho estraçalhado!

 

Maria Dorta  12-03-2021

 

 

 

 

 

 

  • Autor: Maria dorta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de Março de 2021 01:10
  • Comentário do autor sobre o poema: Exercícios poéticos.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 43

Comentários9

  • Menino e a Lua

    Bravo Poetisa! tanto sentimento que chego a sentir no coração lendo. Esses homens que não sabem ler um livro, nunca sabem oque estão a perder.
    Abraço!

    • Maria dorta

      Há Homens e homens...todo tipo é encontrado. O que a mulher precisa é estar mais antenada e não permitir ser obejetificada, enganada.

      • Menino e a Lua

        Perfeito Poetisa!

      • Shmuel

        Linda de ler está poesia.l Soa como um lamento ecoando em nossos corações a dor da partida.
        Grande, Vitória e poeta de tirar o chapéu.
        Abraços!

      • Carlos Hades

        Muito expositivo e corajoso!
        Além de Belo e emocionante

      • Carlos Lucena

        Na verdade o poeta antes de usar o os olhos para ler ele se desnuda de qualquer materialidade para poder debruçar-se sobre a subjetividade das várias realidades. O poeta não ler com os olhos, ele ler com a alma. Bela poesia, Amiga Dorta! Peço permissão para te responder o comentário que fizeste lá no meu poema: PARTO DA POESIA. Não sei se a resposta vai estar a altura da sua pergunta.
        RESPOSTA A MARIA DORTA
        ( Grávido de Poesia)

        É o meu coração
        E a dor silente
        Que me fecunda a ilusão
        A construção.
        E nas entranhas
        Da inspiração
        Percorre em gozo profundamente
        No útero encefálico
        De um ser em profusão.
        Real
        Fantástico
        Enigmático.
        E no êxtase da mente
        Como corpos em sincronia
        Realidade
        Fantasia
        Ejaculo sonho
        Tristeza
        Alegria
        E no verso latente
        Voraz
        Ardente
        Louquaz
        Quente
        Risonho
        Tristonho
        Medonho
        Aí engravido
        Dos versos que componho

        • Maria dorta

          Poeta Carlos, assim você me deixa sem fôlego e acabo me afogando no seu talento inegável. Essa sua resposta prova bem seu talento exuberante e não há duvida: a Poesia fez em você moradia. Agradeço com efusão,essa poesia- resposta e sua opinião ao meus simples versos.
          MD

        • Ema Machado

          Chapéu! Grande abraço, linda!

        • Helena Rodrigues

          Lindíssima, intensa cheia de sentimentos profundos por alguém que não mereceu... Onde na sua poesia revela o " desfecho anunciado "...
          " Ela era poesia e ele não sabia ler "
          Gostei parabéns
          Abraço

        • Maria dorta

          Grata pela leitura e arguto comentário.

        • Helio Valim

          Parabéns, Maria Dorta. Poema repleto de sensibilidade, sentimentos expondo o âmago da alma. Versos criativos: "Eu, para ti, era um livro aberto / por certo eras analfabeto". Um grande abraço

        • Maria dorta

          Poeta amigo,um grande abraço e apreço por suas palavras.



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