Para você que sofre
a impotência do nao-ser
nao- poder e nao- dizer
o que jaz acumulado,
no interior de seu viver.
Da prisão que lhe impuseram
a consciência e o dever
afloram gritos calados
quase sempre sufocados
pela força de um querer.
Esse querer que,mesmo sem consentir,
Você ainda alimenta
Inútil desmentir!
Você não quer deixar fenecer
a planta já tão doente.
Segue dando -lhe alimento,
zelando pelos seus frutos
- ato de puro amor-
vai regando a planta insensível
com seu pranto invisível,
reprimindo sua dor,em desalento,
voce se dá em alimento.
Escusada na coragem
- essa que só o Amor de mãe
sabe encontrar a fonte-
Você se vê exangue,percorrendo
os mesmos caminhos de ontem.
Maria Dorta escrito nos idos de 1979
,
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de fevereiro de 2021 13:28
- Comentário do autor sobre o poema: Resgatando os velhos tempos.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 38
Comentários8
Parabéns Maria Dorta, poema denso, expondo gritos reprimidos. em intensos versos: "vai regando a planta insensível / com seu pranto invisível, / reprimindo sua dor, em desalento," Um grande abraço
Grata pelo comentário e apreciação. Eles embelezam mais está modesto poema.
Lindo, lindo! Maria, parabéns ! Abraços,
Já nasceu com a magia da poesia ,
parabéns nobre a mulher, a mais importante de Maceió !
chapéu.
Não exageremos,amigos!rsrs sou apenas uma ajuntadora de letrinhas!
Como sempre, de uma sabedoria inigualável, tudo se encaixando perfeitamente, não tem como passar e não comentar, chapéu.
" não ser, não poder e não dizer" é não viver. Gritos reprimidos mas que se pode ouvir num silêncio ensurdecedor. Bravo Vitória. Aquele abraço. Boa noite e muita saúde.
Lindíssimo poema!
E a poetisa escreve para toda a posteridade...
Abraço, Maria Dorta
Lindo poema, Vitória. Desde sempre com esta inspiração latente.
Grande poeta!
Gratidão maravilhosa por tão bela composição, és diva da poesia és menestrel que encanta a alma e pra você eu tiro o chapéu. Grato por fazer parte do ninho de colibris. Lindo dia pra ti.
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