Meu lado poético não é plágio, nem binômio,
nem sinônimo, nem soslaio,
não me afoga, nem vicia,
nem é tubo de ensaio.
É um endereço permissivo,
onde a querença tem sua vez,
facilita o apetite bem ativo,
de deliciar sem enrubescer, nem timidez.
Meu lado poético tem uma textura,
que tem cheiro bom e gosto esmerado,
que dá uma fome danada de querer,
deixando um tanto até exagerado,
como se não quisesse sequer arrefecer.
Faz jogar pra longe o desalento,
procurando esconder o xis da vaidade,
degustando com labor e contentamento,
a sadia rima de amor com humanidade.
Meu lado poético faz de mim um ser solícito,
que deixa a verve em polvorosa,
pois junta um punhado de letras e sentimentos,
numa expressiva vontade rigorosa,
que injeta pujança nos mais simples pensamentos.
Conjuga viscosas vontades e rimas,
numa inspiração solene para expor palavras,
sedimentando no mais íntimo clima
toda uma sensação de amanha, de lavra.
Meu lado poético me expõe liberto,
sem inibir com o tal nexo causal,
tirando todo o azedume do paliar,
talando o sucumbir tão animal,
asseverando um propositivo fascinar.
E construindo letra a letra,
sinal, risco, capricho e sorriso,
finalizando com uma grande treta:
- Meu lado poético me faz navegar: É preciso!
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 1 de fevereiro de 2021 00:12
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
- Usuários favoritos deste poema: Edvan Pereira
Comentários2
Nossa, poeta Marcelo!
Você traduziu com ousada maestria o que sente um poeta ao se deixar seduzir pela caneta e papel ou digitação.
A exposição completa do "Meu Lado Poético" de cada um d nós "poetas"....
Obrigada!
Muito Obrigado, Lucita, pelas considerações positivas e afáveis.
Exatamente.
Li você e gostei demais de tudo.
Parabéns!
Muito obrigado, Cláudia.
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