Garapa doce escorrendo em tacho quente
Ainda no campo, capim grosso, cana caiana
Melado comum, forte é o vapor d'aguardente
Reservada em tonel de madeira és puritana.
Seu poder mágico, fantasias, retira a tristeza
Afogas mágoas, desanuvias, faz rir, feliz cantar
Doses milagrosas, o feio se foi, ficou só a beleza
Agora é só alegria, ideias ruins não, nem pensar!
Que passem as horas sem sentir nem perceber
Nesse mundo aqui melhor é para se estar e viver
Mazelas de um tempo que não se pode merecer.
Doutor pós graduado que num ébrio transformou
Fino aperitivo para uns, maldito vicio aos demais
Doce sabor ardente de alegria, mais vida arruinou.
- Autor: Claudio Reis ( Offline)
- Publicado: 19 de janeiro de 2021 12:16
- Comentário do autor sobre o poema: Notável em diversos meios da sociedade, pessoas do bem, independente de seu status social, se arruínam no vicio do alcoolismo por motivos diferentes...A natureza fornece ingredientes com poderes excepcionais para toda uma vida, uns se curam e outros adoecem com suas próprias energias...Das flores as Abelhas retiram o pólen pra fazer o mel, e as Aranhas, das mesmas flores retiram o veneno.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 35
Comentários9
Muito bom! Tráz um alerta sobre este vício que muitas vezes inicia nas casas, nas famosas sociais. Poesia oportuna.
Abraços ao poeta, Cláudio Reis.
Ótimo soneto amigo
O importante você disse poeta: o vício escraviza analfabeto e doutor,levando todos à falência física e moral. Bravos!
Concordo com os amigos acima!
Reflexivo e Dramática poesia ! "O Vício é Infinito, tem de todos jeito e forma (Orai e Vigiai), mas cuidado com o vício da Oração rsrsrsrsr Cruz Credo rsrsrsrsrsrs
Belo poema, que da leitura me fez lembrar música caipira, das boas, como se fosse um canto para reflexão.
Abraço, poeta
São versos que nos fazem refletir no que o vicio pode gerar... Triste saber que ainda temos casos como este que não é poesia nem devaneio... Valeu poeta Claudio Reis pela partilha!
Caro amigo, essa releitura foi muito bem-vinda!
Abraço
Muito bom este poema! Tive o privilégio de recitar está pérola do meu amigo poeta e colibri, Cláudio Reis!
Gratidão, amigão!
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