Maximiliano Skol

MORTE

Morte... Como não ter-se medo dela?

Desde quando nasci, desde o começo

Percebo o teu espectro sobre a tela

Da vida; aqui, terei o teu tropeço.

 

Te vejo onipresente: não és bela, 

Com tua onipotência não tens preço,

Vens de graça e vens pela janela

Como um ladrão e escolhes endereço.

 

Não me assusto contigo, afinal, 

O destino te tens como fatal

E dele, escrava, exerces teu papel.

 

Mesmo sabendo a ti como cruel:

Se vens no tempo certo eu te aceito

De bom grado, por último, ao meu leito.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de Janeiro de 2021 18:07
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 40

Comentários6

  • lucita

    Belo e reflexivo soneto!
    Boa noite!

  • Maximiliano Skol

    Boa noite, lucita. Costumo vistá-la frequentemente.
    Obrigado por aparecer.

  • Claudia Casagrande

    Espetacular!
    grande abraço

  • Maximiliano Skol

    Querida Clsudia Casagrande, com uma palavra de exclamação, que parece ser do seu feitio.você me alegra.
    Uma boa noite.

  • Claudio Reis

    Sonetos que convidam à uma reflexão transcendental.

    Honrado em lê-lo, Poeta Maximiliano Skol.

    • Maximiliano Skol

      Prezado Cláudio, a honra é toda minha de de ter o seu comentário.
      Um forte abraço.

    • Dis Brito

      Consoada, de Manuel Bandeira.
      Indesejada das gentes

      • Maximiliano Skol

        Querida Dis, você me fez curioso pela Consoada de Manuel Bandeira.
        Muito obrigado.

        • Dis Brito

          É um poema belíssimo sobre a inexorabilidade da morte
          serenidade do ser
          Lindas metáforas
          Bom dia!



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.