Maximiliano Skol

MORTE

Morte... Como não ter-se medo dela?

Desde quando nasci, desde o começo

Percebo o teu espectro sobre a tela

Da vida; aqui, terei o teu tropeço.

 

Te vejo onipresente: não és bela, 

Com tua onipotência não tens preço,

Vens de graça e vens pela janela

Como um ladrão e escolhes endereço.

 

Não me assusto contigo, afinal, 

O destino te tens como fatal

E dele, escrava, exerces teu papel.

 

Mesmo sabendo a ti como cruel:

Se vens no tempo certo eu te aceito

De bom grado, por último, ao meu leito.