Saudades da carta branca
Dos alegares envelopados
Do selo colado ao envelope
Da carta amassada e borrada
Pela lágrima esquecida no último postar seu
Do Carmim, do amarelo,
dos correios chegando ao jardim!
Trazendo linhas de notícias
Em cartas com selos para mim
Saudades das cartas,
Das doces palavras adormecidas
Em escritas esquecidas
do tempo que se foi.
Fazia parte do dia a dia
A espera da ECT
Da carta missiva
Ou do retângulo de papelão fino com suas faces
Do Telegrama de Morse
Da vida que comove
Da cola que não se remove
Hoje junto com as fotos
Restam apenas álbuns
Os envelopes se foram
Junto com os postais e cartuns
Não mais vejo a farda amarelo-ouro
Nem a mochila do carteiro
Com seu andar ligeiro
Trazendo a carta, o alento e o canteiro
Fica na gaveta da saudade
Guardando os selos da precondia
Em cartas amarelas de nostalgia
Os selos inda picotados
Hoje são só hobby de filatelia
Fico a ver navios
Com meu olho de boi
Se as linhas se foram
Ficaram as estampilhas
E quem não tinha jardim
Tinha amor
Tinha flor plena
Tinha carteiro amigo
E, na falta deste,
Não faz mal
Gentileza entregues meus versos
Meu diverso ao averso
Meus sabores de saudades
Na última caixa postal!
Soldadinho do Araripe,
Nove de Um do Vinte Vinte Um,
Juazeiro do Norte, Estado de Graça do Cariri.
- Autor: Soldadinho do ARA-ARI-PE (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de janeiro de 2021 14:04
- Comentário do autor sobre o poema: Uma Homenagem A EBCT, Aos Carteiros Aos Filatelistas Aos Colecionadores de momentos!
- Categoria: Carta
- Visualizações: 17
Comentários3
Eu pensei que o nobre fosse funcionário dos Correios .
Pois fiquei emocionado por tamanha homenagem !
Obrigado pela homenagem por uma empresa que é patrimônio
Brasileiro, com 350 anos , mas infelizmente está sendo destruída pelos governantes ! Quero dizer que eu sou funcionário dos Correios, a quase 30 anos .
Parabéns poeta
Abraço
Gratidão pelas elogiosas palavras nobre Corassis!
Recordar é viver duplamente! Só a geração " carta com selo e carteiro" pode apreciar a emoção daqueles tempos singelos. Seu poema é belo e sincero!
Gratíssimo Maria Dorta!
Adorei seu poema.
Saudades das cartinhas, telegramas, cartões de Natal.
boa noite
abraço
Gratíssimo!!!
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