MARIZETE
Dona Flora atendia
No balcão do mercadinho
Onde eu ia todo dia
Pra gastar um trocadinho
Nada além de moedinha
Que gastava em chiclete
O interesse que eu tinha
Era ver a Marizete
Arrumando a prateleira
Quase não me percebia
Parecia brincadeira
Ou de fato não me via
Eu, um tanto assanhado
E menino atrevido
Tilintava meu trocado
Pra que fosse atendido
Quando vinha dona Flora
Com "aquela" educação
Notando a demora
Pra me dar opinião:
"Escolha lá na doceria
Entre balas e chicletes"
Era visto que queria
Me afastar da Marizete.
Mas o tempo foi passando
Nos mudamos de cidade
Em rapaz fui me tornando
E entrei pra Faculdade
Arrumei um bom serviço
Conseguindo me formar
Assumi um compromisso
Com dinheiro pra casar
Voltei pra minha cidade
Onde fui feliz menino
Mas a dura realidade
Reservava outro destino
Em frente ao Mercadinho
Estacionei a caminhonete
Atendeu-me um garotinho
O filho da Marizete
- Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 7 de janeiro de 2021 15:06
- Categoria: Triste
- Visualizações: 40
Comentários5
Muito lindo! uma bela narrativa poética
Grato, Diz Brito. Linda, com final trágico kkk. Faz parte da vida.
Boa tarde. Abraços
Elias meu amigo
Ele fez tudo certo, apenas esqueceu de voltar antes para casar com Marizete
Bela prosa poética
Abraço
a - Ela que não esperou.
b - Moedas davam pouca esperança !!
c - a mãe da garota não botava fé !!
d - nenhuma das respostas anteriores
Kkkk
Beleza, Elfrans Silva! Leia Maria Embala o Filho.Lembra e muito, a sua Marizete. Eu tive a sorte de ser casado com a minha Marizete!
Forte abraço!
Poeta Jucklin, faz dias que não nos encontramos, não é verdade ? Que bom que casou com Marizete. Felicidade amigão. Ouvi falar de Maria Embala o Filho. Não li ainda. Te agradeço por comentar meus versos. Abraços. Ótima noite pra vcs.
Demorou demais! Ainda assim, rendeu o poema, valeu! Grande abraço,
Obrigado. Demorei um cadim kkkk
Boa noite. Abraços
Poema Enérgico que até parecia que estava a correr para vir ter com ela, muito bem conseguido. Parabéns
Há de se lembrar, a Marizete,
Do garoto que comprava chiclete
E na venda girava o baleiro
Mudou-se pra longe com os pais
Voltou, mas era tarde demais,
E sem ela, de que vale o dinheiro ?
Grato por comentar amigo poeta. Abraços
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