Os segundos me passam tão frequentes
E com eles, também, as horas voam...
Micro-ondas pra mim é, entrementes,
Um gadget torturante onde soam
Os minutos que em ritmos entoam
As lúgubres passagens, que dormentes
Me insinuam discretos, mas prementes
Momentos que não mais em mim povoam.
Não uso micro-ondas, não, jamais:
Porque este aparelho agoirento
Não preciso de tê-lo. Ademais,
Com esse tradutor de tempo findo
Não quero ter nenhum pressentimento
Da finitude à qual estou seguindo
Tangará, 02/12/2019
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de dezembro de 2020 02:42
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 41
Comentários3
Nesta finitude seguimos juntos, mestre Maximiliano Skol. Belo poema!
Bom dia!
Bom dia, Shmuel
FELIZ ANO NOVO.
Um abração.
Estamos todos no mesmo barco,
sem a menor noção do tempo que nos resta.
Como todos os seus poemas, este é lindo.
grande abraço
FELIZ ANO NOVO, Claudia.
Um abraço.
Maravilhoso mergulho no tempo com lirismo e sentimento.
Lilian, obrigado pela visita e comentário.
Tudo de bom pra você neste ANO NOVO.
Um abraço.
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