Maria Vanda Medeiros de Araujo

Tempo


Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
NO

Quem sente orgulho das esculturas

Que o tempo se encarrega de fazer

Na face?

Quem sente?

Quem sente alegria em perceber um dia

Uma mexa branca de cabelo

Que o  tempo pintou nas estripulias

Que a vida fazia, e a gente nem via.

Quem sente?

Quem rir ao lembrar que esquece 

Os nomes dos netos, dos filhos...

Que o tempo brincando, tratou

De inverter na memória.

O que era no trem da história

Saltou sobre os trilhos.

Quem sente saudades

De uma triste infância?

Do frio? da rua?

Das noite escuras, e sem esperanças?

Quem sente?

Quem sente o tempo passar

Imponente?

Senhor envolvente

Em todo momento.

Só ele não muda,

Sempre passageiro,

Levando as mudanças

No seu bagageiro,

E às rédeas curtas,

A vida da gente.

 

 

 

Comentários3

  • Maria dorta

    Então,poetisa,não percamos tempo! Vivamos intensamente!

  • Ema Machado

    Inexorável é o tempo, aproveitemos o momento! Parabéns, poeta!

  • Cecilia

    Maria Vanda, muito bom e bem feito seu poema, que aceita o tempo, e de alguma forma se diverte com ele. É consolador. Abraço.



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