Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
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Quem sente orgulho das esculturas
Que o tempo se encarrega de fazer
Na face?
Quem sente?
Quem sente alegria em perceber um dia
Uma mexa branca de cabelo
Que o tempo pintou nas estripulias
Que a vida fazia, e a gente nem via.
Quem sente?
Quem rir ao lembrar que esquece
Os nomes dos netos, dos filhos...
Que o tempo brincando, tratou
De inverter na memória.
O que era no trem da história
Saltou sobre os trilhos.
Quem sente saudades
De uma triste infância?
Do frio? da rua?
Das noite escuras, e sem esperanças?
Quem sente?
Quem sente o tempo passar
Imponente?
Senhor envolvente
Em todo momento.
Só ele não muda,
Sempre passageiro,
Levando as mudanças
No seu bagageiro,
E às rédeas curtas,
A vida da gente.
- Autor: Maria Vanda Medeiros de Araujo ( Offline)
- Publicado: 24 de dezembro de 2020 14:18
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 32
Comentários3
Então,poetisa,não percamos tempo! Vivamos intensamente!
Como se fosse o último momento
Inexorável é o tempo, aproveitemos o momento! Parabéns, poeta!
Maria Vanda, muito bom e bem feito seu poema, que aceita o tempo, e de alguma forma se diverte com ele. É consolador. Abraço.
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