É de manhã quando percebo
quando o relógio me atordoa com seus tic's
- reclama que não tem tempo -
quando o sol já invade a segunda fileira de pisos
quando o galo já está rouco
- de tanto lamentar -
quando a chaleira termina o serviço
e, as vizinhas, de fofocar
É de manhã que percebo
quando vejo que não há ninguém em casa
quando ouço as unhas felinas arranharem a porta
quando me sinto velho
- vejo que o tempo é pilantra -
Ainda é de manhã
quando lembro daquele sorriso
quando me afundo nas drogas lícitas
- o arrependimento, a ignorância, a cafeína -
É pela manhã que percebo
vejo que não tive culpa
- Autor: Junior B ( Offline)
- Publicado: 6 de Dezembro de 2020 20:45
- Comentário do autor sobre o poema: Segundo poema completo de quando era adolescente. Retirei de meu antigo caderno de poesias. Uma certa manhã me veio a inspiração, não cedi à vontade de ir para o ponto de ônibus sem antes escrever um pouco. Obrigado por ler!
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Comentários2
Lindo versejar, poeta, As vezes é culpa do tempo ...rsrsr
Amei ler teus escritos poéticos...
Júnior B, que lindo, que verdadeiro seu poema! Abraço
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