A pena de(a) ave
O que sai de minha alma
Já não é mais meu
Nem o verso
Nem o reverso
Nem o tema
Nem o poema
Nem mesmo a página
Hoje sem pena
É verso digitado
Sem afago
E só !
Saudade da pena afiada
Fina e biselada de ponta cinza carvão
Hoje nós a sós
E a noz de galha espremida em vinho
Se foi sem dizer adeus
Voou feito passarinho
Queria que voltasse o tempo
A pena sem penar
E o papel sem apagar
E no verso o dialeto
Sem teclado sem “deleto”
E, ao chegar dezembro
Devagar quase sem querer
Abraçar cada um
Deseja um feliz natal
Em poesia, rima e nostalgia
E relembrar mês a mês
O bem que o tempo nos fez
Nos aproximando
Remando, teclando e respirando
Amando, sonhando e se eternizando
Escrevendo, tocando sem ao menos nos tocar
No digitar dos artelhos
Na melodia de cada dia
Nas suaves vozes a nos ameigar
No clarinete a nos abraçar
Na peça imóvel que contagia
Na foto de paz e precondia
Soldadinho do Ara-Ari-Pe
Estado de Graça do Cariri
Vinte e 7 de 9vembro de um tal de Vinte Vinte!
- Autor: Soldadinho do ARA-ARI-PE (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de dezembro de 2020 12:40
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 25
Comentários3
Deliciosa leitura, uma saudade poética... Parabéns!
Gratíssimo!
Paz e bem!
Que prazer de leitura!
Muito bom, poeta
Gratíssimo!
Viva a Vida!
Realmente um poema ímpar.
Parabéns, gostei demais de ler. Rimas Inteligente e de forte cunho poético.
Bom dia ao poeta, Roberio Motta
Honrado e agradecido nobre Shimul!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.