ESTOU DOENTE ?
A lacuna que fica em mim,
Cada vez corroendo veemente,
Nunca vai ver chegando meu fim
Pois sigo insistentemente
Quanto mais o vazio aumenta
Vai formando o espaço exato.
E chegado o fim da tormenta
Vais me ver mui feliz; isso é fato!
Eu serei vivo, ativo e completo
Com você vindo realizar
Minha cura no momento certo
Da saudade: doença do “Amar”
Emerson de Paula Martins
(CANTOR PREFERIDO DELE:Zé Ramalho)
Pessoas vêm , e vão
Vem como amigos
Vêm em forma de irmãos
Este , crescemos juntos
Eu de 1972,
Ele de 1975
Brincamos, fomos juntos à escola
Eu casinha, Ele Bola
Ele era papai e eu mãezinha
Das minhas bonequinhas
Íamos em seu carro imaginário
Levar ao médico, de mentirinha
Crescemos, brincar não mais
Ele se formou
Foi embora pra Ipatinga
Eu fui mãe, casei e fui embora
E a distância houve
Até que aprouve
O tempo e dores fazer revermos
Da vida nossos termos
Esteve comigo e minha família
Falou da sua vida tão sofrida
E foi-se embora
Triste hora
Só o revi no necrotério
Sem reino, sem império
Um corpo na pedra fria
Não esqueço aquele dia
Nuna mais as piadas
As boas risadas
Só saudades do Emerson
Meu irmão caçula...
Adeus sem rima
Pois nada combina
Com aquela triste hora!
- Autor: LUCITA (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de dezembro de 2020 14:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
Comentários5
Lucita, poema triste, mas carregado de emoção e se fazendo bela poesia.
Um adeus é a certeza do reencontro...
Abraço
E também era amante de poesia e música boa!
Vale lembrar...
Agradeço por ter lido, amigo!
Lucita, carregado e emoçoes, triste , sim , mas com um recado único você foi amiga, companheira e admiradora
na memória ficou a vida, e permanecerá, haverá reencontro e com certeza a alegria estará instaurada em vocês... Nada pertence ao acaso... Tudo pertence a ELE, que alcança nossas dores, alegrias e tristezas... Amei ler um pedacinho de sua história... Muito obrigada, poeta linda!
Bela historia Lucita
Parabéns
Abraço,
Obrigada Neiva e Corassis.
Eu sou grata por dividir cim pessoas sensíveis,como eu sou...
Uma catarse poética serve ,com ou sem rima, para aliviar a dor,atenuar o torpor da saudade. Cada um com seu karma. O dele se esvaziou e em você frutificou o que de bom ele plantou.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.