Alexandre Silva

GOSTO DAS COISAS DA MINHA TERRA


Aviso de ausência de Alexandre Silva
NO

GOSTO DAS COISAS DA MINHA TERRA

 

Gosto das coisas da minha terra...

da terra que me dá guarida...

da música ao filme...

e o teatro também...

do que representa o belo (básico) da vida: da vida que gosto de viver livremente.

 

Que, intensamente, toma todo o meu ser...

Que viver

jamais me seja ausente

do direito

que sempre me disseram ter.

 

Das matas onde morei poucas coisas me vêm à lembrança...,

mas no peito uma sensação me acalanta:

que nem um erro me permite externar

a zombaria dos povos cruéis,

que dizem lutar por justiça,

por igualdade e liberdade sociais...

me remetem às lembranças passadas de...

 

— Tudo aquilo que ficou para trás(...)?

 

— Que nos lugares que vivi,

e também os que passei,

jamais um dia poderei voltar

a viver, DE NOVO,

tudo que já vivenciei.

 

Que as verdades não extingam a vida...

do tudo que ainda é possível de se viver...

Que as mentiras...

não nos tornem incapazes

de enxergar o sentido das coisas...

o sentido do SER...

 

que na morte não se confirme o viés

que de nada

adiantou-se (desistência)

lutar...

amar...

 

As coisas da minha terra querida

eu jamais esquecerei...

do que dá sentido à vida

também não me afastarei...

 

Seguindo sempre o oposto do errado

e ao redor daquilo

que sempre o foi (existência)

sentirei saudades

um dia

das coisas que em minha terra vivia,

e que hoje só saudades restou...

 

— Saudades de quê?

— Passou...

foi apenas um sonho...

e tudo lá ficou...

 

— E hoje em dia?

— Não consigo mais a sua existência encontrar...

Presenciar;

Viver;

e chorar...

 

 

— Pra que chorar...?

— As coisas da minha terra se foram e nada pude fazer para (evitar) aproveitar um pouco mais, pois, do tempo não detenho o poder. Me emocionar (talvez) também não irei mais!

Pois, as coisas da minha terra querida ficaram para trás.

 

— E hoje?!

— Eu já entendo...

eu já sei...

que tudo que em nossa vida ocorre serve...

— Acontece, simplesmente, ao seu tempo...

  • Autor: CASAVERDE (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Novembro de 2020 17:16
  • Comentário do autor sobre o poema: Ele representa o carinho que tenho pela minha Cidade Maravilhosa, porém, muito injustiçada, mas, com um potencial absurdo para o crescimento.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13
  • Usuário favorito deste poema: Ana Fonseca.

Comentários1

  • Maria dorta

    Linda declaração de amor ao torrão natal, com doses sociais. Parabéns!

    • Alexandre Silva

      Olá! Obrigado pelo carinho. Tenho muitos poemas que foram escritos bem antes desse, mas é bom começar por aqui homenageando a minha Olinda querida.



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