Os pensamentos,em feixes de silêncios censórios.
Os gritos orgânicos,em duelos com momentos de negares transitórios.
As mãos,insistem,afagar a Alma em convulsão;o Eu estar,na morada imaginação.
Sofro então,o encolher de minha matéria;em um fogo ladrão,que derrete a parafina,feita com minha carne.
A bem-verdade,abstrata...;de tateável ingrata.
O eco de minha inutilidade em remorso,no abismo Terráqueo que acolherá meu destino.
Na imortalidade do Tempo,soo apenas,como um ligeiro clandestino.
O hórrido cordeiro,que ruge a rebelião contra a Luz do temido Ancião.
A mortalha da inquietação,és a minha pele;não,minha descarinhosa projeção.
Ergue-se...,o sopro de um acalentado dragão.
A espera,que chicoteia o tecido da pele,desde o ventre.
Os passos,que direcionam o querer,no tênue concentre.
Os ásperos seres,que têm a dependência de outras coexistências;
enxugam a noite,mesmo sob açoite,
de bravatas em insurgências.
Que o Universo,..roa;
...minha lamúria e, minha indefesa pessoa.
A ele...,sua infinita coroa.
- Autor: santidarko ( Offline)
- Publicado: 19 de novembro de 2020 10:22
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 14
- Usuários favoritos deste poema: lucita
Comentários3
Somos fusão de toda poeira cósmica. E você é a expressão direta disso.
Poeta incrivelmente inteligente!
Bom dia!
Lucita,aceito de coração seus elogios.Mas como na escrita que eu sempre falo;de nada adianta, nessa passageira existência. A humildade e o "aprendizado"(de se aceitar ser nada),são os valores que pretendo manter.UM FORTE ABRAÇO.UM BOM DIA!
Magistral! "Na imortalidade do Tempo,soo apenas,como um ligeiro clandestino." Também tenho esta sensação... Aplausos mil...
OBRIGADO Ema.Nessa vida,é melhor,quebrar logo a magia e,sabermos que o fim,é a qualquer momento.Teríamos (todos)mais humildade ao semelhante.Lógico,um conforto e bens materiais,fazem bem....MAS....
Poeta, incrivelmente diria... Surreal...
Gratidão pela partilha poeta Santidarko...
OBRIGADO Neiva.Eu que agradeço seu dispor em aparecer aqui.!TENHA UM BOM DIA
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.