Romárico Selva

Velhice.

Decrépita e maldita velhice

Faz o homem voltar a ser criança

Retomar o seu passado de tolice

E ver a morte como última esperança.

 

A pele, antes lisa,

Torna-se áspera e enrrugada

O vigor não mais se realiza

E o homem torna-se fera alvejada.

 

Perde-se então o carinho dos filhos

Que traçam suas vidas em novos trilhos

Sem lembrar de quem nunca os esqueceu.

 

Mas a cada dia têm uma nova vingança

Pois nem mesmo a mais nobre criança

Conhecerá o que um velho conheceu.

  • Autor: Romarico Selva (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Novembro de 2020 18:39
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29

Comentários3

  • CORASSIS

    Soneto de grande profundidade humana ,
    parabéns nobre poeta .
    Abraço.

    • Romárico Selva

      É uma honra pra mim. Sou seu fã. Valeu.

    • Rosangela Rodrigues de Oliveira

      Toda idade tem sua beleza, a juventude com seu frescor, os mais velhos com sua bagagem imensa de conhecimentos e experiências...Poema pra se refletir... Parabéns

    • Elfrans Silva

      Caminhos por onde vamos !
      " É possível, ainda, dar frutos na velhice "
      Reflexivo. Parabéns amigo poeta



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.