Decrépita e maldita velhice
Faz o homem voltar a ser criança
Retomar o seu passado de tolice
E ver a morte como última esperança.
A pele, antes lisa,
Torna-se áspera e enrrugada
O vigor não mais se realiza
E o homem torna-se fera alvejada.
Perde-se então o carinho dos filhos
Que traçam suas vidas em novos trilhos
Sem lembrar de quem nunca os esqueceu.
Mas a cada dia têm uma nova vingança
Pois nem mesmo a mais nobre criança
Conhecerá o que um velho conheceu.
- Autor: Romarico Selva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de novembro de 2020 18:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 30
Comentários3
Soneto de grande profundidade humana ,
parabéns nobre poeta .
Abraço.
É uma honra pra mim. Sou seu fã. Valeu.
Toda idade tem sua beleza, a juventude com seu frescor, os mais velhos com sua bagagem imensa de conhecimentos e experiências...Poema pra se refletir... Parabéns
Muito grato.
Caminhos por onde vamos !
" É possível, ainda, dar frutos na velhice "
Reflexivo. Parabéns amigo poeta
Muito grato, amigo.
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