Decrépita e maldita velhice
Faz o homem voltar a ser criança
Retomar o seu passado de tolice
E ver a morte como última esperança.
A pele, antes lisa,
Torna-se áspera e enrrugada
O vigor não mais se realiza
E o homem torna-se fera alvejada.
Perde-se então o carinho dos filhos
Que traçam suas vidas em novos trilhos
Sem lembrar de quem nunca os esqueceu.
Mas a cada dia têm uma nova vingança
Pois nem mesmo a mais nobre criança
Conhecerá o que um velho conheceu.