Como Narciso, estou a contemplar a criatura no espelho do rio
Mas diferente dele, não estou contemplando minha infinita beleza, a qual não possuo
Tento ver algo mais, ver minha alma.
Ela repousa,
Dorme na margem do rio, do lado contrário ao meu
Ao me ver, ali observando-a
Chama-me, mas não consigo ouvi-la
Estica-se, mas não consegue me tocar
E então geme, mas não consigo consolá-la.
É nítido seu sofrimento, por não conseguir se libertar
E eu também choro,
Meu corpo ainda não é seu lar, precisa transcender, para te abrigar.
- Autor: Nilo Makori (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de novembro de 2020 00:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários1
Belíssimo, coerente, conciso, elegante, denso de conteúdo.
Parabéns, Adrian.
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