O que me encharca de pesar.
Me tortura o coração.
E que o mal sempre vence o bem.
E aqui ou no além.
O mal tem sempre razão...
Comemoram na certeza.
Que tudo será perdoado.
Ou esquecido.
Desfilam seu ódio exibido.
Nem mais tramam na escuridão.
Exército desgraçado.
Súcia de amaldiçoados.
Monstros em decomposição.
A canalhice orgulhosa.
A brutalidade trevosa.
O ódio em ostentação.
Angariando servidores.
Se alimentando de dissabores.
Disseminando a escravidão.
E antes do sono cansado
Nós escravos ultrajados.
Nos recolhemos na humilhação.
Para acordar com a pobreza.
E lamentar com certeza.
O mal tem sempre razão...
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 11 de novembro de 2020 07:45
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários2
Poema denso, de um profundo pesar, com indignação e ar de desesperança...
Um primor em palavras e versos descrevendo muito bem a descrença.
Parabéns, poeta!
Abraço
Grato caro Hébron, sempre bom te ver por aqui.
Victor, muito bom, bem feito, coerente, fácil de acompanhar o tema bem desenvolvido. Gostei de associações felizes, que deram outra dimensão às palavras. Por exemplo:" encharca de pesar". (para mim, pesar era chumbo, pedra, agora penso em óleo queimado...)Gostei muito.
Obrigado cara Cecília , as palavras em nossa rica , belíssima e dinâmica língua me dão um enorme prazer em sua exploração. Um abraço.
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