Elfrans Silva

O MOINHO DE VENTO

Junto ao moinho de vento
desativado à tanto tempo
construí o nosso castelo
Por ser local centenário
dava um aspecto lendário 
de ser um reino forte e belo

Trinta metros mais abaixo
onde passava um  riacho
com uma tábua fiz a ponte
Tipo aquela levadiça
puxada com corda maciça
ligando o campo e o monte

Na torre que se erguia
fiz a guarita do vigia
e dispensei-lhe toda confiança
Uma capela, meu aposento,
um armazém para o alimento
e um salão para a festança

Rodeado de flecheiros
e dos mais hábeis arqueiros
tipo castelo medieval;
diante de qualquer perigo
punham em fuga o inimigo
que embrenhava no matagal.

Tudo estava preparado
pra coroar o meu reinado
minha rainha fui buscar
era em plena primavera
lutei com terríveis feras
mas, enfim, pudemos nos casar

As bodas duraram dias, 
bebidas e muitas alegrias ...
um reino de pura felicidade
Fantasias de toda criança !
E quem nunca brincou na infância
imitando a realidade ?

Mas nem tudo é imitação
como vemos na ficção
acontece na nossa realidade
surpreso, assim, de súbito,
sem desconfiar de um súdito
tomado fui pela infidelidade

O castelo desmoronou,
em ruínas se amontoou,
num reino sem soberania;
range triste hoje o velho moinho
sem reino, na ponte, caminho,
por ali ela se foi...com o vigia

  • Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de Novembro de 2020 00:34
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 15
  • Usuário favorito deste poema: Ernane Bernardo.

Comentários3

  • Hébron

    Caro poeta, um poema-romance, a leitura nos faz parecer estar vendo um filme com enredo de amor e drama.
    Muito bom!
    Abraço

    • Elfrans Silva

      Feliz por seu comentário poeta e amigo Hébron. Em mansões é o mordomo, no castelo ê o vigia. Kkkkk. Tem jeito não!!
      Abraços meu caro. Bom dia de inspirações pra você

    • Ernane Bernardo

      Parabéns pelo belo poema poeta Efransilva, versos bem estruturados e harmônicos .

      Forte abraço!

      • Elfrans Silva

        Abraços poeta Ernane. Bom sentir em vossas palavras a apreciação.
        Ótima quarta-feira à todos.
        Nesse momento chove em Maringá.
        Vem mais inspiração aí rsrsrs

        • Ernane Bernardo

          Eita coisa boa, fico na expectativa meu nobre poeta. Abraço e ótima inspiração!

        • Cecilia

          Obrigada, Elias, por esse poema que é um conto de castelos , reis, cavaleiros, de antigamente, e da nossa longinqua infância. Uma delícia.

          • Elfrans Silva

            Dessa vez não foi o mordomo, foi o Vigia.
            Contratei a raposa pra cuidar do galinheiro kkkk.
            Obrigado eu, por sua visita e comentário.
            Boa noite



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