Pingo de Nada (15 de novembro)
Sou um pingo de nada
enaltecido de horrores
meu grito insano
clama por socorro
nasci e sem muita respostas
ainda busco compreensão, por que estou aqui ?
e aqui ,seres eloquentes
prometem e agem contraditoriamente .
nasci no meio de tanta sujeira
onde dizem que viver vale a pena
sou um pingo
desprovido de tudo
já me faltam as armas para vencer
me bastaria a paz
onde cessaria a dor
sou um pingo de incertezas
no amanhecer do futuro
sou um pingo de Josés e Marias
que vivem e choram
brincando de viver
porque fazem de nossas vidas brincadeiras !
sou um pingo de nada
regido por normas...
obedecer às desvantagens
Passamos de escravos
Já nos querem tolos !
até quando nos querem cegos?
já me falta a fome
por não ter o que comer
não preciso estudar ?
porque seu doutor
me prometeu um dinheirinho
E nessa época é facinho.
minha saúde
o que é saúde ?
apenas me dói
dos pés à cabeça.
sou um pingo de nada
inconformado com as proezas da maldade
me bastaria o amor
pois como o sol derrete o gelo
assim dissolve a miséria e o poder.
O tempo é meteoro desgovernado
Principalmente para quem vive em fora órbita
O tempo é trem descarrilado sem pressa de parar.
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Autor:
CORASSIS (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 10 de novembro de 2020 21:49
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 30
- Usuários favoritos deste poema: Ernane Bernardo
Offline)
Comentários5
Falou tudo Corassis... essa situação será que um dia irá mudar? Parabéns pelo poema...
"O tempo é meteoro desgovernado
Principalmente para quem vive em fora órbita
O tempo é trem descarrilado sem pressa de parar.'
Assim mesmo poeta Corassis, ótima reflexão... Fiz um recorte do seu poema , pois ali me vi... O Tempo é meteoro e sei disso...
Parabéns meu nobre poeta Corassis um poema completo de verdades, perfeito adorei!
Um forte abraço!
Dramático e muito intenso, com gosto de indignação e revolta.
Muito bom, Corassis
Abraço
Corassis. Intensidade pura, crítica contundente, verdade dura... Poesia crítica, na veia!! Um abraço.
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