Reconheço que tive o meu bom tempo,
Não posso negar que a vida me foi boa,
Toda sentida vez foi sempre atempo
Para que o meu passar não fosse à toa.
Mas eu me consenti tudo a destempo,
E não soube afastar o que destoa,
E tardio percebo o contratempo
De redimir-me a ser outra pessoa.
E prossigo impotente em meu destino...
Incapaz de sentir-me se bem vivo,
Eu sou, porque cogito; mas sem tino,
Inconsciente ao mundo me pressinto
Co' um mal estar de enfado cansativo,
Ao ponto de julgar-me por extinto.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de novembro de 2020 02:52
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 29
Comentários4
Que beleza, bravo!
Muito grato, Victor, pela sua visita
Você soube demonstrar com maestria a hipocrisia religiosa no seu Caramujo.
Parabéns.
Grato caro Maximiliano Skol.
Lindo! As vezes sinto o mesmo peso do passar do tempo,mas com tino ou sem tino vou seguindo Skol,nunca desatino!
Querida Dorta, não esperava qualquer receptividade daquele soneto. Agradeço a sua visita e apreciação.
MUITO BOM, COMO TUDO QUE JÁ LI DE VOCÊ, MAXIMILIANO.
Cecília, sempre me sinto feliz com a sua apreciação.
Um beijo
Nossa, que máximo!
Linda produção.
Boa noite, poeta!
Zaíra, sua visita me surpreende, inda mais pelo seu "nossa"!.
Boa noite.
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