Desorientada e confusa

Lu de Paula

 

Desorientada e confusa,
me despi do casaco antigo.
Vestida de arrepio longo, descalça eu fui contigo
para todos os contos.
Da donzela virginal a bruxa queimada.
Horas contando... noutras cantando.
Em todas, encantada.
Encontro de almas afins!
Gostos e desgostos...
Tanta cena, tanto tato,
Tantos atos
Debruçados na janela esperando por nós.
Duas metades inteiras!
Penso: Tem que haver outro mundo para acolher o estado apaixonado.
Onde as pequenezas sirvam submissas às gentilezas.
E o brilho nos olhos possa disputar com o das estrelas.
Onde flores jamais sejam vendidas e todos os amores premiados.
Sambas notados.
Ah, os apaixonados...
Nunca deveriam ser questionados sobre
cálculos matemáticos...
Quem precisa?
Quando se têm solucionadas todas as fórmulas da química.
Força arrebatadora! Sonhos, tantos!
Sinto-me capaz de
negociar e vencer sobre o cessar das guerras...
Era você! Diziam os santos!

23/09/20
03:33h.

  • Autor: Lu de Paula (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de novembro de 2020 11:19
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 22
  • Usuários favoritos deste poema: Marlon Corso
Comentários +

Comentários2

  • Cecilia

    Lu, gostei, fui a sua página, gostei. Você tem uma habilidade tão grande de colocar as idéias e jogar com as palavras, que me parece poeta nata,
    prazer em conhecê-la!

  • CORASSIS

    Grande poetisa!
    Parabéns , bom ler te
    Abraço.



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