Deu saudade

Kailany Panerai


Aviso de ausência de Kailany Panerai
NO

E no verde do meu pampa, que vivo desde criança

Meu peito arde em solidão

Do ponteado de uma gaita de botão

De um baile pra dançar colado

Ao teu lado.

 

Meu chimarrão, já nem tomo mais

Minha tradição enfraquece 

Da falta do contato.

 

Meus versos tão ricos nas rodas de cantigas 

São abafados por uma máscara

E por onde se passa meu povo nem me reconhece mais.

 

Tantos meses longe do meu CTG

Da minha segunda casa

Meu coração se carrega de mágoas 

 

Ao aguardo de cevar um mate 

Junto de meus companheiros missioneiros 

Que de milongas abaixo do mau tempo, nós entendemos 

E podemos dizer

Amada me deu saudade.

  • Autor: Kailany Panerai (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de novembro de 2020 21:23
  • Comentário do autor sobre o poema: Sou gaúcha, e quis escrever um pouquinho como estou me sentindo na pandemia.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12
Comentários +

Comentários3

  • Maria dorta

    Bela lembrança e um tributo com arte e versos de qualidade.

  • Shmuel

    Puxa que lindo. Gostaria de ouvirr recitado. No seu sotaque com seus sentimentos.

    Abraços.

    • Kailany Panerai

      Muito obrigada! Recitado com certeza fica mais bonito hahaha

    • Cecilia

      Gostei muito do seu ritmo de cantiga, combinando com o tema: saudade da querência Bom de ler. Fui à sua página. Gostei muito. Parabéns!

      • Kailany Panerai

        Estou muito agradecida pelos elogios querida! Que bom que gostou, fico feliz!



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.