Era assim,
Como um conto...
De fadas?
De mil noites mais uma
Nem te conto...
Ou, se conto, invento
Tanta coisa, tanto carinho.
Nem tento,
Consigo não,
Explicação.
Era anjo...
Era flor...
Cor...
Primavera prematura,
Sem inverno...
Amor eterno.
Era assim,
Nem te conto...
Fim de conto
De fadas?
Anos tantos
Sem mais que sofrer,
Carne em brasa
Humilhação cada dia,
Até abraça
Quem era anjo,
Cor trazia, e...
Perfume de flor.
Não sabia,
Teria fim
O conto...
De fadas?
É assim,
Se não te conto
Não vais saber...
Príncipe que bate
Já era sapo naquele tempo
Que amor jurava,
Que era flor... no inverno.
Tem garras
Não as mostrava,
Agora fere
Agora mata,
Não mais esconde.
Não ama
Mas não deixa
Seguir sozinha,
Só apagou a chama
Do sonho de menina...
08/09/2012
- Autor: Edla Marinho (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de novembro de 2020 19:56
- Comentário do autor sobre o poema: VEMOS, HOJE, COMO SEMPRE VIMOS, NA TV, NOS TELEJORNAIS OU ENTREVISTAS, MARCAS NO CORPO E NA ALMA DE MULHERES VÍTIMAS DE QUEM DEVIA PROTEGER E CUIDAR COMO AMANTES, AMIGOS E COMPANHEIROS.. NEM DE LONGE LEMBRAM OS APAIXONADOS DE UM ONTEM QUE NEM TÃO LONGE SE VAI...
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 25
Comentários2
Você provoca reflexões brilhantes e eficazes, esperamos.
Grande Poetisa. Poema contundente.
Gratidão Edla pela partilha, ótima reflexão... É assim mesmo as vezes os contos de fadas, vira contos de sapo rsrsrs, que tuas inspirações provoque mais reflexões para todos nós...
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