Obrigado Senhor por dar-me tamanha riqueza enfim
Farei questão de ser o velho mais avarento
O sovina mais podre, o cão mais nojento
Pisarei em todos como pisaram em mim.
Nunca darei esmolas a nenhum mendigo de praça
De meu prato não sairá uma migalha de pão
Deixe que eles vivam em sujas caixas de papelão
E resolvam seus problemas com um gole de cachaça.
E quando chegar minha fatídica hora
Sei que toda riqueza que preservo agora
Infelizmente, não me acompanhara até o chão.
Farei meu último desejo, então, uma hora antes
Cubram de ouro, prata, rubis e diamantes
Meus dentes e cabelos, meu terno e meu caixão.
- Autor: Romarico Selva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de novembro de 2020 15:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 30
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Comentários2
Muito bom , poeta, gratidão pela Partilha! Boa reflexão, que não trilhemos este caminho...
Tamo junto, companheira. Obrigado.
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