Romárico Selva

O egoista.

Obrigado Senhor por dar-me tamanha riqueza enfim

Farei questão de ser o velho mais avarento

O sovina mais podre, o cão mais nojento

Pisarei em todos como pisaram em mim.

 

Nunca darei esmolas a nenhum mendigo de praça

De meu prato não sairá uma migalha de pão

Deixe que eles vivam em sujas caixas de papelão

E resolvam seus problemas com um gole de cachaça.

 

E quando chegar minha fatídica hora

Sei que toda riqueza que preservo agora

Infelizmente, não me acompanhara até o chão.

 

Farei meu último desejo, então, uma hora antes

Cubram de ouro, prata, rubis e diamantes

Meus dentes e cabelos, meu terno e meu caixão.

 

  • Autor: Romarico Selva (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Novembro de 2020 15:01
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29
  • Usuário favorito deste poema: Romárico Selva.

Comentários2

  • @(ND)

    Muito bom , poeta, gratidão pela Partilha! Boa reflexão, que não trilhemos este caminho...

  • Romárico Selva

    Tamo junto, companheira. Obrigado.



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