Romárico Selva

Nova geração



Que pena sinto em ver aflorar

Essa pobre nova geração.

Vazia,morta e vulgar

Claustrofóbica em plena imensidão.

 

Querubins confusos e perdidos

Sentindo-se gigantes onde são anões

Não sabem, ó coitados, que estão perdidos

Com os pés e mãos atados a grilhões.

 

Usam drogas para sentirem-se perfeitos

Balançam a bunda, empinam os peitos

E vão caminhando como trens sem trilhos.

 

Deves me castigar, ó Deus medonho,

Pois maldito sou por ter o sonho

De um dia ainda querer ter filhos.

  • Autor: Romarico Selva (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Novembro de 2020 00:18
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14

Comentários4

  • Meno Maia Jr.

    Creio ser pertinente vossa preocupação com a geração que aí está. Contudo, o fato de ainda assim sonhar com um filho traz o limite do pessimismo e planta a esperança! um abraço, caro Poeta.

  • Hébron

    Romárico, ótimo soneto.
    Muito pertinente a observação do Meno.
    Abraço, poeta

    • Romárico Selva

      Abraço forte, companheiro.Obrigado.

    • Shmuel

      Além de um bonito texto, caro poeta, esta é uma situação que realmente preocupa os pais e os futuros papais. Esperamos e desejamos mudanças, no comportamento dessa juventude.
      Abraços poeta, Romarico Selva.

      • Romárico Selva

        Concordo. Vamos fazer nossa parte e seguir em frente. Abraços amigo.

      • Cecilia

        Romarico, Gostei do seu estilo, visitei a sua página, gostei. Quem escolhe tijolo, porta, para versejar, já me ganha. Você escreve em bom e bonito português, é coerente e conciso mesmo no genero difícil que usa. É um bom poeta. Parabéns!

        • Romárico Selva

          Nossa...chega fiquei vermelho.kkkkk Muito obrigado, amiga Cecília. Me sinto honrado com seu apreço. Muito grato.



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