Romárico Selva

Nova geração

Que pena sinto em ver aflorar

Essa pobre nova geração.

Vazia,morta e vulgar

Claustrofóbica em plena imensidão.

 

Querubins confusos e perdidos

Sentindo-se gigantes onde são anões

Não sabem, ó coitados, que estão perdidos

Com os pés e mãos atados a grilhões.

 

Usam drogas para sentirem-se perfeitos

Balançam a bunda, empinam os peitos

E vão caminhando como trens sem trilhos.

 

Deves me castigar, ó Deus medonho,

Pois maldito sou por ter o sonho

De um dia ainda querer ter filhos.