Ando meio assim sem rumo.
Acho que perdi o prumo.
Nessa terra de ninguém.
Pele seca enegrecida.
Boca cheia de feridas.
Bolsos sem nenhum vintém.
Ando assim meio tristonho.
Com o horizonte enfadonho.
Que vislumbro à minha frente.
Faz muito tempo não sonho.
Só pesadelos medonhos.
Pululam em minha mente.
Ando assim meio absorto.
Meio vivo, meio morto.
Com nojo de tanta gente.
Que fede feito carniça.
Com sua alma de preguiça.
E veneno entre os dentes.
Ando assim meio cismado.
Pouco sensibilizado.
Com tanta pobreza moral.
Ostentação de vaidade
Vilania e mediocridade.
Proliferação do mal.
Ando assim meio que tonto.
Com tanto discurso pronto.
No velório da verdade.
Que transformada em mentira.
Arde em assombrosa pira.
Triste fim da humanidade.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 30 de outubro de 2020 09:24
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 41
Comentários4
Belo poema. O tema deixa- nos com gosto de real desengano mas,com vida e gente honrada ainda temos alguma esperança de consertar gente e mundo.Obrigada por publicar.
Muito grato cara colega.
Muito bom!
Parabéns!
Abraço
Grato amigo, sempre bom lhe ver por aqui. Abraço.
Vitor, gostei de tudo: do ritmo, do desenvolvimento harmonioso do tema , da foto nítida, onde você parece mais velho, mais severo.
Muito obrigado cara Cecília, adoro quando você comenta por aqui, fico muito feliz que você goste do que escrevo. Abraços!
Eu gostei muito desse poema critico, e contundente,. Sem anestesia.
Parabéns, Victor Severo.
Sempre grato poeta.
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