Estou rindo até quase perder os sentidos.
De tanta estupidez, de tamanha repetição.
Rio dos lobos com seus uivos e ganidos.
Mas tenho medo das ovelhas e seus balidos.
Gozo e suspiro com o ruído de um trovão.
Rio dos escravos vaidosos de suas tripas.
Perdidos na luz a procura de escuridão.
Arrotando vaidades após um banquete de carniças.
Empanzinados com a torpeza que alimenta a multidão.
Dos cegos que desvairados fingem o além enxergar.
Profetas de desatinos, abortos da natureza.
Dos moucos alucinados que mentem tudo escutar.
Loucos que iludem os incautos com suas falsas proezas.
E de repente na loucura incontinente.
Brota-me o choro que me afoga inclemente.
Falta-me o ar, me dá vontade de gritar.
Brutal vazio avassala minha mente.
Fruto do riso, frio, torpe e inconsciente.
Que eu gerei para me auto flagelar.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 28 de outubro de 2020 12:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 39
Comentários3
Um riso que causa flagelo. Boa reflexão!!
Grato Priscila.
Tua poesia me é admirável
Potentes versos , grande talento!
Parabéns .
Abraço
Fico feliz que tenhas gostado, muito grato amigo.
Poema brilhante, envolvente, forte e muito bonito.
Uma satisfação a sua leitura.
Abraço, poeta
Fico muito feliz que tenhas gostado. Um abraço.
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