A manhã desbotou-se.
Foi tomada pelas tonalidades de um azul esnobe.
O amor não deveria ser tão egoísta,
Nem a chuva...
Querer o dia só para ela,
Enquanto o sol camufla-se
E dorme atrás das nuvens,
Clareando as canções dos anjos.
Calmas, inertes,
Quase embriagadas.
A manhã apagada,
Vestígios de cinza da madrugada,
Que cremou o amor.
A chuva vem para molhar as lembranças
E as promessas,
Para que evaporem até as nuvens,
E então, virem preces,
Apaixonadas preces,
De anjos que nem sabem rezar...
- Autor: Marcus Prado ( Offline)
- Publicado: 23 de outubro de 2020 09:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários3
Mãe natureza, uma inspiração sem limites e você soube se apropriar.
Bom dia, poeta!
Marcus, gostei muito de sua maneira de pensar, da harmonia dos seus versos, de colocações interessantes como o último verso. Gostei de seus outros poemas também.
Belo poema poeta Marcus Prado, harmonioso e marcante em um dia de amor nublado.
Abraços!
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