A manhã desbotou-se.
Foi tomada pelas tonalidades de um azul esnobe.
O amor não deveria ser tão egoísta,
Nem a chuva...
Querer o dia só para ela,
Enquanto o sol camufla-se
E dorme atrás das nuvens,
Clareando as canções dos anjos.
Calmas, inertes,
Quase embriagadas.
A manhã apagada,
Vestígios de cinza da madrugada,
Que cremou o amor.
A chuva vem para molhar as lembranças
E as promessas,
Para que evaporem até as nuvens,
E então, virem preces,
Apaixonadas preces,
De anjos que nem sabem rezar...