ADEGA DE SONHOS

Chico Lino


Aviso de ausência de Chico Lino
NO

ADEGA DE SONHOS
Chico Lino

Para Cecília Consentino

Meus sonhos
Onde deixei
Os irrealizados?

Engarrafei todos

Os dispus na adega
Da memória

Inadivertido
Não foram bem lacrados
Os vasilhames

Hoje, claudicante
Desço os degraus empoeirados
Da adega de sonhos

Que antes
Tão perfumados
Adormeceram

Como vinho
Mal envasado
Tornaram-se em vinagre

Que vou usando
Na salada mista
Que é a vida

  • Autor: Chico Lino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de outubro de 2020 21:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 65
Comentários +

Comentários4

  • Hébron

    Chico, saudades do seu estilo marcante por aqui.
    Bom lê-lo novamente.
    Forte abraço

    • Chico Lino

      Hébron, é sempre bom estar de volta...
      Tem uma música do Paulinho da Viola, veja no YouTube, \"Não sou eu quem me navego, quem me navega é o mar...\"

      Forte abraço, poeta... vou acompanhando a todos, como posso...

    • Maria dorta

      Parabéns poeta! Tema atemporal e tratado com originalidade.

      • Chico Lino

        Dedicado à nossa querida Cecília...

        Obrigado, Maria Dorta, forte abraço...

      • Cecilia

        Chico Lino, estava com muita saudade de você, sua verve faz falta! Agora estou transbordante de alegria por sua volta, e com um presente para mim! Ainda estou rindo para as paredes por ter recebido essa delicada homenagem. Muito obrigada. Gostei também de você não ter cometido suas piruetas herméticas, entendi tudo. Sou amante de vinhos também. O poema é muito bom, e lindo. Grande abraço.

      • Helio Valim

        Chico Lino, poema genial! Minha adega está repleta de vinhos e muitas garrafas de vinagre. Analogia muito criativa. Um grande abraço.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.