Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor]

UM APELO DE AMOR ........ [ Este poema é em forma de SEXTINA , uma das formas mais difíceis de se fazer poesia ]

Esse o gênio de Luís de Camões (1524-1580) na sua faceta mais cativante: a lírica, fazendo uso das formas poéticas em uso no tempo. E uma vez mais, na única sextina que escreveu, encontramos a fluência da expressão amorosa sem que nos apercebamos imediatamente do espartilho das exigências estróficas e de rima que a construção de uma sextina reclama.  

Nesta sextina estou usando as palavras .....tristeza...solidão...saudade...amor...dia...coração

  Este tipo de poema, em Sextina, não usa rimas, só as seis palavras é uma das mais difíceis fórma de fazer poesia.

Estou colocando as palavras em maiúsculas para facilitar .

Espero que gostem          

 

Hoje, nesta sextina, falo de minha TRISTEZA
Canto aqui, toda esta minha imensa SOLIDÃO
Toda minha amargura, e  falo, desta SAUDADE
Saudade, que causou a perda de você AMOR
E que guardo comigo, desde aquele triste DIA
Em que destruí, o imenso amor, em teu CORAÇÃO  

 

Pois, o poeta traz tanto amargor em seu CORAÇÃO

Mas sonha, que  voltaras para matar esta TRISTEZA

Que me deixa como um louco, sofrendo noite e DIA

Pensando que estaremos juntos, matando a SOLIDÃO

Cultivando com carinho, no coração. o nosso AMOR

Afastando, toda esta tristeza, matando nossa SAUDADE  

 

Lembro, quantos passeios,  fizemos juntos, com TRISTEZA

E isto me machuca, torna bem mais negra esta SOLIDÃO

Não sei meu doce amor, como posso suportar a SAUDADE

De estarmos distante, chorando pela falta de nosso AMOR

Recordo, as horas felizes, beijos trocados, de noite de DIA

São coisas vividas, que levamos na alma e no CORAÇÃO  

 

Sei que estas lembranças, estará sempre no seu CORAÇÃO

E o lembrar, fará lágrimas, molhar seu rosto  com a TRISTEZA 

Que te atormentara, e que transformara em dor o seu DIA

E com isto, o amor ficará perdido, com esta amarga SOLIDÃO

Na noite insone, abraçada ao seu travesseiro, chamaras o AMOR

E com certeza o amor longe estará, ao seu lado só a SAUDADE  

 

Será que vamos ficar a vida toda, presos nesta imensa TRISTEZA

E que só, ao partirmos, para outra vida, deixaremos a SOLIDÃO ?

Aonde todas as lembranças, serão esquecidas, sem ter SAUDADE

Será que la poderemos, encontrar, ou viver um grandioso AMOR ?

Pois sei que isto só saberemos, depois de viver nosso ultimo DIA

Isto muito me entristece, por pensar que sairás deste meu CORAÇÃO  

 

Não sei ainda quanto tempo, desta dor, aguentará o nosso CORAÇÃO

Até quando suportaremos, esta nossa vida,  só, com tanta TRISTEZA

Sem sabermos, o que o outro esta sofrendo, em suas noites, em seu DIA

Curtindo noites e dia, esta agonia de sofrimento, nesta amarga SOLIDÃO

Porque se realmente um dia, foi verdadeiro este nosso imenso AMOR

E se hoje vivemos por viver, sofrendo tanto, envolvido nesta SAUDADE  

 

Vamos te dar um basta á TRISTEZA e afastar para sempre a SOLIDÃO

Vamos esquecer-te maldita SAUDADE, e viver finalmente nosso AMOR

Vamos estar a sorrir noite e DIA, e trazer paz enfim, ao nosso CORAÇÃO...    
 

 

Comentários3

  • L.B.Goularte

    Ohhhhhhhhh que interresante! Parabéns, gostei do poema!

  • Victor Severo

    Que beleza, grato por nos proporcionar tanto sentimento, avante poeta!

  • @(ND)

    Olá.
    Não foi com TRISTEZA
    Que degustei na SOLIDÃO
    Curtindo minhas SAUDADES
    Vivendo neste DIA
    Nas lembranças do meu primeiro AMOR
    E desvelando sua escrita em sextina com o CORAÇÃO.
    GRATIDÃO PELA PARTILHA ARY BUENO...
    REALMENTE É MUITO DIFÍCIL ESSA ESCRITA POÉTICA ... PARBÉNS! TOP!

    • Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor]

      Obrigado pela sua visita e seu comentário, realmente ela é difícil, pois tem uma sequencia de colocação das palavras, por ex. de 1 a 6 é a primeira sequencia, de 6 a 1 a segunda, e assim tem que se desenvolver o tema, e no terceto final, as palavras tem que obedecer a sequencia de 1 a 6 .
      Por isto que se torna difícil. E por isto é tão raro, o que vemos muito é a Sextilha a Sextina não.
      Fiquei muito feliz por teres prestigiado este poema. Um bom dia.



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