Maximiliano Skol

QUERO FUGIR

Quero fugir de mim e não consigo...

Claro, que o meu pensar pertence a mim,

Mas me pertenço ao corpo que é o jazigo

Ao  qual ligados somos até o fim.

 

O corpo e alma estão num só castigo

De uma cruz carregar, pois são enfim

Originários  pelo mesmo umbigo

( Co'  igual  identidade)  de onde vim.

 

Fugir-me de mim mesmo... Que bobagem!!

Que eu me tenha em  paciência e carregar

A cruz que é do meu fado, co' a bagagem

 

Carnal de finitude programada:

Pra de mim mesmo eu possa me livrar

Na vez da alma ser desencarnada.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Outubro de 2020 03:39
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 32

Comentários2

  • Cecilia

    Maximiliano, que prazer ler seu soneto impecável, desenvolvimento perfeito e elegante, tema tão nosso!
    Admiro e invejo quem é capaz dessa proeza. Gostei do umbigo. Bravo!

  • Victor Severo

    Bravo!



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